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quinta-feira, 2 de outubro de 2008

A QUIMIOTERAPIA

Cerca de 1,5 milhão de casos de câncer são diagnosticados anualmente nos EUA, e os médicos e pesquisadores do país estão engajados numa "war on cancer". Embora nenhum medicamento ou tratamento definitivo contra o câncer tenha sido encontrado (a tão sonhada Bolinha Mágica), um grande progresso tem sido obtido na compreensão das causas do câncer e no desenvolvimento de tratamentos efetivos e novas drogas.

O que é CÂNCER?
É o termo genérico para descrever uma coleção de cerca de 150 doenças diferentes, caracterizadas por uma rápida e anormal divisão celular do tecido e pela migração de células cancerígenas para partes do corpo distantes da origem. Com a rápida e desnecessária divisão celular, logo se forma um excesso de tecido, conhecido como tumor. Um tumor pode ser benigno (inofensivo) ou maligno (tem a habilidade de se espalhar pelo corpo e formar outros tumores). Alguns tipos de câncer não envolvem tumores, tais como a leucemia, mas, tal como em outros cânceres, há uma reprodução incontrolada e indesejada de células (leucócitos ou eritrócitos, no caso da leucemia).
CAUSAS DO CÂNCER:
Não são, ainda, completamente conhecidas; algumas foram identificadas. Em alguns casos a modificação do DNA parece ser a responsável pela alteração do crescimento normal da célula. O patologista americano Rous mostrou, em 1911, que um vírus era capaz de induzir câncer em galinhas. Esta descoberta lhe rendeu o Prêmio Nobel de Medicina em 1966. Outros vírus foram relacionados com o surgimento de câncer, tais como o vírus da Hepatite B, que causa câncer no rim.
Muitos compostos químicos, também, podem induzir a formação de tumores cancerígenos e, dentre estes, destacam-se o benzopireno (que existe no alcatrão dos cigarros) e a aflatoxina B1 (presente no mofo do amendoim).

Benzopireno

Aflatoxina B1



























Tumor Maligno - Adrenocarcinoma

A QUIMIOTERAPIA:
Os agentes químicos para o tratamento de câncer são chamados de antineoplásticos.
São baseados no fato de que as células cancerígenas crescem mais rápido de que as células normais. Algumas células, porém, também crescem rápidamente: os folículos capilares, o epitélio intestinal, células do sistema imunológico. Os antineoplásticos possuem efeitos colaterais sobre todas as células do organismo que apresentam crescimento acelerado.
Um dos primeiros antineoplásticos utilizados foi o Mecloroetamina, um agente alquilante, utilizado como arma química na primeira guerra mundial. Os cientistas observaram que os principais danos causados por esta droga nos soldados afetados foram sobre as células de rápido crescimento, tal como epitélio intestinal e tecido linfático. Esta descoberta levou os cientistas a utilizarem o Mecloroetamina no tratamento do câncer e, hoje, no mínimo 10 cânceres podem ser tratados com este antineoplástico, tal como Hodgkin's disease e o linfosarcoma.

QUIMIOTERÁPICOS:
O agente quimeoterápico ideal mataria as células cancerígenas e seria inofensivo às células sadias. Nenhum agente quimioterápico, por enquanto, atende a estes critérios, e os mais efetivos são também os mais tóxicos para os humanos e, portanto, precisam ser cuidadosamente controlados quando ministrados aos pacientes. Existem três fontes principais de agentes quimioterápicos:
  • Substâncias químicas sintéticas
  • Produtos produzidos por micro-organismos
  • Plantas
    Os quimioterápicos são agentes capazes de perturbar ou inibir a divisão (crescimento) das células.
  • MODO DE AÇÃO:

    a) agentes alquilantes: foram as primeiras drogas utilizadas no tratamento do câncer e, apesar de sua toxidade, constituem a base de qualquer tratamento quimioterápico.
    Os agentes alquilantes são extremamente reativos e ligam-se facilmente a grupos fosfatos, aminos, hidroxilas e imidazólicos, que são encontrados nos ácidos nucléicos. Estes agentes afetam tanto as células cancerígenas como as sadias - eles podem quebrar a cadeia do DNA ou formar pontes entre as cadeias do ácido nucléico, impedindo a duplicação do DNA e causando a morte da célula (citotoxidade). Estes agentes causam vômitos, diarréia e uma grande diminuição no número de glóbulos brancos e vermelhos no sangue, deixando o organismo debilitado, incapaz de combater uma infecção.



    Cisplatina:
    é o único antineoplástico que contém um metal pesado. Os cloretos ligados ao metal podem ser facilmente substituidos por grupos aminos
    Cisplatina reage com os amino ácidos guanina para formar pontes através da dupla hélice do DNA e impede a duplicação do DNA, essencial para a divisão da célula.


    b) agentes antimetabólitos: São antineoplásticos estruturalmente semelhante aos compostos naturais encontrados em nosso organismo, como amino ácidos, precursores do DNA, vitaminas, etc.. Afetam o funcionamento celular, impedindo ou dificultado sua reprodução.

    osíntese da adsina, o ácido aspártico atua comouma fonte do grupo amino C-6.

    Hadacidina é estruturalmente semelhante ao ácido aspártico, e liga-se fortemente à enzima responsável pela catálise desta reação de transeferência de amina, impedindo a formação da adenosina.



    Hadacidina: inibe a duplicação do DNA por interferir na síntese da adenosina




    c) hormônios: Cânceres de mama e de órgãos genitais são tratados com hormônios. Estes tecidos requerem hormônios, tais como androgenos, progestinas e estrogenos, para crescimento e desenvolvimento. Os antineoplásticos hormonais limitam a ação destes hormônios naturais. São extremamente específicos e somente funcionam com certos tipos de câncer.


    Estrogenos são necessários para o crescimento e desenvolvimento das células nas mamas femininas. Tamoxifen interage com o sítio receptor do estrogeno, impedindo sua absorção e, portanto, interferindo no crescimento do tumor cancerígeno.

    d) fotoquimioterapia: foi primeiramente usada pelos egípcios, há 4.000 anos atrás, para ajudar a reduzir os efeitos da leucoderma (vitiligo), onde pedaços da pele perdem a pigmentação. Extratos de plantas eram administrados oralmente e, então, o paciente era exposto à luz do sol. Isto fazia com que a pigmentação voltasse a sua pele. Os egípcios sabiam que tanto as plantas como a luz do sol eram necessárias para o tratamento: de alguma maneira, a radiação ativava os antineoplásticos.

    O ingrediente ativo das plantas utilizadas era o
    8-metóxipsoralen. Investigações modernas mostram que os psoralenos reagem com a luz UV e, então, ligam-se ao DNA
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